quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma reserva do destino.

Ela sempre achou que era aquele sentimento de criança, afinal, eles se apaixonaram na infância e desde então, o amor ficou perdido nas entre linhas do destino. É engraçado ressaltar, o quanto mudaram e de como se esqueceram que aquele sentimento, alí, ainda morava. Ela cresceu, se formou e realizou os seus sonhos de adolescente. Já ele, amadureceu e, conseguiu por fim, ser uma estrela da tv, ou melhor, um grande ídolo da maioria dos fanáticos por futebol. E talvez, até seja engraçado a forma com a qual se reencontraram. Ela, sempre muito alinhada, desmonstrando imensuravelmente a sua habilidade nas 9 maiores línguas do mundo. Ele, sempre muito despojado e, desejado por todas da festa. E, então, o destinou armou a sua armadilha e fez com que os dois, caíssem completamente perdidos pelos desejos e atrações. A química entre aqueles corpos não era novidade, e eu preciso ressaltar que aquele rebolado, literalmente, acabava com ela e a instigava de todas as formas. A noite era pouco demais para os tantos anos separados e, a cama era somente o fruto de um amor que fora interrompido no passado. Deitada em seu peito, ela finalmente disse: - Não sabes por quanto tempo esperei para dizer-te que o tempo, só me fez querer-te mais. E ele, por fim, declarou: Não sabes por quantos corpos procurei o calor do seu abraço. E essa foi a primeira noite, das infinitas que passaram juntos, lado a lado, fazendo a imensidão do mundo caber em uma cama e um edredom.

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós." (Clarice Lispector).

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