quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mais uma vez, amor.

Aconteceu, mais uma vez,
Ela já estava saturada de tantas noites acordada. A insônia, com a qual convivia, já não era novidade. Percebeu que o telefone não havia tocado, como desejara. Rolava de ponta a ponta da cama, buscando uma saída para algum sinal de erro. Mas, no fundo, sabia que não existia. Sabia que ele não havia procurado-a. Sabia que tudo havia acabado e, então, seu coração se partira em mil pedaços. Pedaços, estes, que a massacravam por dentro e faziam da mesma, um amontoado de lágrimas. Não conseguia conter a ânsia por beijá-lo. A necessidade de tê-lo e amá-lo, assim como necessitava do ar. Pode, até, parecer algo hiperbólico, mas ele, sim, ele, era tudo para ela. E quando digo, tudo, não é como ar, o chão, ou o coração. É mais do que ela própria. Sim, o amor que ela sente por ele, é maior do que o seu amor-próprio. E, então, o ar se torna irrelevante. O desejo de encontrá-lo era maior a cada instante e, a angústia a tomava por dentro. Então, inesperadamente, ele soou. Assim, como uma nova chama, uma nova esperança surgiu e junto da mesma, o sorriso, imediatamente, voltou a brilhar. Sim, era ele. E por fim, ela atendeu.
- Alô?! Como pode fazer isso comigo? Sabes o quanto te amo? E o quanto prezo por ti, ao meu lado?
- Não diga nada, apenas abra a porta.
(…) E, por fim, o beijo falou tudo, exatamente tudo, o que o coração não conseguia explicar. Afinal, não há palavras para o amor, o verdadeiro e surpreendente amor.

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