quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Insônia.

Eu me apaixonei. E precisava te dizer. Não aguentava mais essa tortura que importunava o meu peito e o fazia sangrar todas as noites. Eu me perdi em você e em seus detalhes. Como pode fazer com que eu me sinta assim? Talvez você não note, mas quando está com ela, o meu peito se encolhe e eu perco o meu sorriso, por entre tantos olhares dados à você, sem resposta. Você realmente a ama? Diga-me que não. Diga-me que me deseja em todas as suas noites, debaixo da sua coberta. Diga-me que me tortura com esse seu amor patético por ela, só para causar ciúmes tolos, em mim. Diga-me que sou seu passado, seu presente e, que serei seu futuro. Diga-me e não esconda-me que sonha comigo e que seu maior desejo é me beijar e me ter só para você. Diga-me que precisa de mim e, que sou o seu céu, o seu chão e o seu infinito. Diga-me acima de tudo, que não estou sonhando mais uma vez, acordada, pensando em como queria que estivesse aqui.

"Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore. Seu coração não bateu no peito, o coração batia oco entre o estômago e os intestinos." (Clarice Lispector.)

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