segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dúvidas.

Talvez sejamos tolos por acreditar que a verdade existe. Talvez devêssemos nos entregar e viver o hoje, ou então, viver em um mundo de ilusões onde nada possa nos afetar. Talvez pudéssemos nos apaixonar e viver uma eterna paixão ou então devêssemos cair na realidade, e visualizar que contos de fadas não existem e que um dia cairemos no mesmo abismo. Talvez o mundo possa ser perfeito de uma maneira que a gente possa moldá-lo e visualizá-lo assim. Talvez a vida não seja tão má e os nossos sofrimentos não sejam os piores, se pudermos enxergar que sempre há um coração prestes a dar as suas últimas batidas. Talvez um sorriso possa valer mais do que um “eu te amo”. Talvez a felicidade exista nas mais simples coisas e o que procuramos possa estar na nossa frente. Talvez devemos nos render, mergulhar no que não conhecemos, não nos preocupar com o que não entendemos, pois a vida ultrapassa qualquer entendimento. Talvez o amor não possa ser compreendido, ou possa. Talvez ele seja a soma de todas as compreensões, ou então seja a soma de todas as incompreensões. Pode ser que um dia, eu pense que amei de verdade só por ter tido carinho, mas o que sei é que amores vêem e vão e o que importa pra mim, é o que tenho de verdade, aqui dentro. O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão mais inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. Quando se ama, não se precisa entender o que passa lá fora, pois tudo começa a acontecer dentro de dois corpos. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.Talvez o mundo precise de mais amor e menos dinheiro, talvez os rostos necessitem de mais sorrisos e menos promessas, talvez um dia acabe o verde das matas e permaneça o verde do dólar, pois é ele que nos fará respirar, não é? Talvez seja esse o mundo em que estamos querendo viver. Pensar no hoje é inevitável, mas viver o amanhã será uma dádiva quase impossível. Talvez passamos a vida tentando corrigir algo que cometemos na ânsia de acertar. Talvez devêssemos esquecer os erros, pois só assim conseguiremos ver o sol com outros olhos. Talvez, um dia, a dúvida acabe e esse “talvez” não venha mais existir.

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