terça-feira, 26 de abril de 2011

Desabafos de uma mulher.


Odiava ter que pensar em namoro, em compromissos, em andar de mãos dadas. Sério. Nunca fui muito boa com relacionamentos. E quando pensei em alguma hipótese sobre o assunto, me iludi. Acho que os homens têm esse dom de nos fazer sofrer. Quando decidimos cair na deles, eles pisam em nós. Julgam-se espertos, e depois que decidimos que não queremos mais, eles correrem atrás. Dizer que ama depois que perde é quase necessário. Esse amor momentâneo só surge depois do término, isso é fato. Mas não quero pensar em homens com os olhos de uma mulher apaixonada. Quero pensar com o olhar que toda a mulher deveria ter. São todos iguais, não há como negar. Tratam-te bem, dão carinho a hora que querem e quando acham que existe uma mulher um pouco melhor, não te procuram mais. Aliás, eles só procuram por algum interesse em questão, não se iludam. Há, sim, aqueles que são um pouco diferentes. Mas preste atenção: um pouco, e não diferente. Então vá à procura deste. Não se iluda com qualquer um e sim, saiba aproveitar o que esse “um” tem para te oferecer. Não se encante com promessas tolas de que nunca haverá um fim, ou de que você é a única, porque por trás de você, existem inúmeras “únicas”. Não feche os olhos, quando se pode abri-los para enxergar que você é melhor do que ele e que você possui os seus princípios. Não peça desculpa por algo que não fez de errado, só para ficar tudo bem. Ele, tem que fazer tudo ficar bem. Não pense que ele vai mudar, pois todos nós nos moldamos, mas no fim, nunca mudamos. Não deixe de ser você, para viver o que ele julga ser certo. Não feche os olhos antes de dormir e pense: _ Eu quero casar-me com ele. Feche-os e diga: _Se ele, por acaso, estiver ao meu lado, amanhã, vamos ver no que vai dar. Essa é a vida, não há como fugir da realidade. Por isso nunca pensei em tomar cafés da manhã com alguém do meu lado. Nunca pensei no homem com amor, afinal, eles nunca me deram essa oportunidade. Sempre pensei em homens, como objetos sexuais. Sempre me apeguei a mim, ao meu trabalho, aos meus livros e ao meu sapo, porque ele sim é o meu homem. Durmo com a certeza de que amanhã, ele acordará ao meu lado, mesmo que jogado no chão do meu quarto.

domingo, 17 de abril de 2011

Insensato coração.

É, hoje eu estou feliz. Talvez por ser um dia comemorativo ou por ter ouvido sua voz, mais uma vez ao telefone. É que me faz bem, sempre que me sinto insegura, ter você por perto para me dar o meu chão novamente. Aliás, acho que se pudesse te definir, esta seria uma escolha exata: meu chão. Não por você ser tudo o que sempre quis, porque afinal de contas, você não é. Mas por me fazer feliz, com a sua forma louca de me amar.  Acredito que não exista bom senso nessa relação, que não exista nada além de muito amor. Amor esse, que só nós dois entendemos. A verdade é que temos tudo para dar errado e só o desejo de dois corpos e dois corações para dar certo. Quebramos todas as regras juntos, todos os prós e contras, a imensidão de erros. Vivemos o que muitos julgam errado. Acordamos em uma instabilidade que aos poucos está se tornando estável. Sei lá, talvez eu não tenha noção do quanto posso me prejudicar com essa minha decisão insensata de te amar. Talvez você possa vir a se apaixonar por um outro alguém. Talvez, talvez, talvez. Quem vive de “talvez”? Por que não arriscar, por que não viver? O coração é insensato. E se pudêssemos mandar nesse, que nos faz chorar uma noite e acordar sorrindo no outro dia, não teríamos tantas desilusões, tantos arrependimentos. Mas não quero pensar no amanhã, o futuro não importa quando o presente se faz completo. Se tiver que dar certo, vai dar. Hoje, fecho os meus olhos, tranquila, e sabendo que mesmo que não venha a acontecer como sempre planejei, eu te amei mais uma vez.

Duas faces.

Atitudes são reações onde as pessoas demonstram exatamente quem elas são. Na maioria das vezes, agem sem pensar, falam sem perceber, que as palavras podem deixar marcas. Essas, que nem o tempo conseguirá apagar, e as cicatrizes permanecerão ali imunes a qualquer gesto carinhoso. Como as pessoas são idiotas por não se policiarem antes da raiva e da mágoa? Infelizmente, é assim que passamos a conhecer o verdadeiro “eu” de alguém, ninguém usa uma máscara o resto da vida ou por um bom tempo. Um dia ela cai e mostra sua autêntica face, seu verdadeiro interior. Pois é, não se iludam com grandes juras de amor, com carinhos demasiados, com ciúmes excessivos. Tudo que é demais não é sincero, não precisamos exigir o máximo de alguém se não somos perfeitos. Devemos amar com limites, sem cobrança, deixando a pessoa ser quem ela é. Amar não é modificar, proibir, especular, desconfiar. É acreditar e entender que o outro tem pensamentos adversos, que gosta de coisas diferentes, que tem amigos diferenciados, que não vive em função apenas daquela pessoa porque passou a ser sua parceira(o). Amar é se dar sem cobrança, sem exigência. Viver cobrando ou relembrando erros não é sinônimo de amor, não é estar leve e tranquilo para amar, é se martirizar e se enganar. É infligir suas próprias regras, sem controle, sem arbitrariedade.  É uma pena como as pessoas se iludem com suas próprias razões e atitudes, sem nem sequer ouvir opniões alheias. O certo é  irmos em busca das pessoas que nos façam felizes, que respeitem nossas opniões, em busca de um amor tranquilo.  Devemos nos valorizar e não deixarmos o nosso “eu” se despir por um outro alguém ou por um grande amor, pois quem ama entende e quer o bem. Hoje, eu quero os gestos que se desculpam, os toques que saibam conversar, os olhos que sorriem e de silêncios que se declaram.
“Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida.” (Cazuza)

domingo, 10 de abril de 2011

O silêncio falou mais alto.

"Eu já vi tudo, vi a escuridão, eu vi a luminosidade de uma pequena faísca. Eu vi o que escolhi ver, vi o que precisava, e isso basta. Querer mais, seria avidez."

De frente para o mar, eu podia sentir a vibração das ondas batendo e chegando bem perto dos meus pés, a ponto de quase molhá-los. É difícil contemplar essa beleza da natureza e não pensar em tudo que está acontecendo na minha vida, fazer uma reflexão completa de todos os acontecimentos. O sol já estava se pondo e neste momento a minha cor e o brilho dos raios que lutavam em permanecer ali, penetravam sobre as águas mostrando uma das paisagens mais perfeitas e espetaculares. E eu continuava ali, inerte, sem força e nem vontade para me levantar, para sequer mover as pernas. Meus pensamentos voavam para bem longe, para momentos inesquecíveis, momentos de difícil decisão, momentos confusos. Senti meu peito apertar, meu coração falar mais alto, deixando a emoção fluir, a lágrima rolar e nem ao menos saber o que fazer. Encontrava-me sozinha no meio daquela imensidão de areia e oceano. Senti-me pequena em meus pensamentos, perdida diante da imensidão que estava ali, parada na minha frente. No meio dessa turbulência de imagens, frases, palavras, cenas que me cercavam, duas mãos cobriram meus olhos e pela maciez do toque e da pele não tive dúvidas de que era você. Chegou como sempre, com a leveza da brisa, com a tranquilidade de uma ave pairando no ar, com o mesmo jeito, terno, calmo, educado e sensível. Me deu um beijo na cabeça e sentou ao meu lado, porém nada falamos. Sua perna e seu braço encostaram nos meus e ficamos olhando na mesma direção. Direção está que se fazia inexistente, ao contrário das dúvidas, caminhos opostos, opniões adversas, pensamentos diferenciados e um turbilhão de coisas que nem a gente sabia explicar. E continuamos ali, sem forças sequer de falar ou começar a expôr as opniões e os porquês. Sabíamos que não chegaríamos a conclusão nenhuma, pelo menos não naquele momento, naquela fase da vida, naquele instante. Instante esse, cruel para ambos, separação de planos e sonhos, de espera. O tempo foi passando e não saía nada das nossas bocas e tudo continuou na mesma. Foi aí que você decidiu se levantar e ir, e eu fiquei ali, sem fazer nada, apenas deixando você caminhar.

Ame-se

Quando tudo parecia perfeito, você chegou e disse não. “Não”. Palavra essa que doeu, que machucou, que arrazou e deixou cair infinitas lágrimas, em dias e noites seguintes. Eu fiquei sem entender o porquê daquele não, em um momento tão mágico, divino e com tanta coisa para viver. Não queria ter ouvido, ter te visto naquele dia, mas fui obrigada. Entrou rasgando dentro de mim, me cortando aos poucos. Tudo parecia perdido, acabado, sem rumo e sem motivo. Coisas da vida, talvez. Em cada queda, traz conigso o amadurecimento, o aprendizado, nada é em vão. Nem mesmo os piores momentos nos derrotarão para sempre. Um dia tudo muda, tupo passa e recomeça diferente, pode ter certeza. Iremos nos deparar com várias fases, várias situações e com isso, vamos ganhando uma espécie de “escudo anti-sofrimento” e nos tornando mais fortes.  Sofrer faz parte e quem não passa por isso, literalmente, não vive. No entanto, permanecer no sofrimento é burrice. Antes de qualquer coisa devemos amar quem nos ama, gostar de quem gosta da gente e só querer ao nosso lado quem realmente esteja disposto a nos aceitar do jeito que somos. Perder nossos valores por um tempo talvez seja aceitável, porém temos que reconhecer o mais rápido possível que somos especiais, que fazemos uma grande diferença e que devemos nos amar acima de tudo. Hoje, eu percebi que o mundo é meu e que há quem queira fazer parte dele sem mudar quem eu sou ou o que eu significo. Sinto-me leve, para dizer que eu me amo e que me aceito, do meu jeito!

Sonhos acabados.

Muitas vidas para viver, muitas coisas para fazer, muitos sorrisos, muitos choros, muitas alegrias e muitas tristezas. Tristezas essas deixadas ali, naquele lugar que de claro tornou-se escuro, que de paz tornou-se em guerra, em massacre. Vidas que não esperavam tamanha violência, meninas e meninos paralisados, em choque, vendo aquela cena de terror acontecendo e sem ter o que fazer. Outros já não podiam mais enxergar tamanha destruição. Não tiveram nem tempo de dar um último “adeus”, de dizer um último “eu te amo”. Correr seria a solução? Ficar parado seria melhor?  Abaixar-se, talvez? Nada poderia ser feito naquele momento. Reação essa, que te pega de surpresa e faz sua cabeça girar e pensar que tudo acabará ali. Por que pessoas agem sem controle e não param para pensar, em algum momento, que a vida do próximo é preciosa? Talvez seja porque há egoísmo, descontrole, falta de equilíbrio emocional, psicológico. Talvez haja um distúrbio, não sei. No entanto, nada muda o que foi feito. E, foi assim com aquele indivíduo, totalmente desconfigurado entrando alí, naquele lugar, com semblante aterrorizador.  Quantos sonhos desfeitos naquele momento, quantas famílias dilaceradas e torturadas eternamente por apenas um indivíduo, apenas um. As marcas deixadas naquele lugar, no coração dos meninos e meninas que escaparam, nas famílias e até nas pessoas que só acompanharam de longe, vão ficar pra sempre na memória. 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Permita-se

Todas as noites o mesmo barulho aparecia e ela não conseguia dormir. Apenas a insônia rondava a vida dela, deixando-a sempre com um olhar cansado, desmotivada de tudo. E não foi diferente nesta madrugada de inverno, noite fria, a chuva desabando lá fora, tudo ao seu redor parecia sombrio. O barulho teimava em permanecer ali, dentro dos seus pensamentos e mais uma vez seus olhos não conseguiam adormecer. Ela não sabia o que era uma noite tranquila fazia um tempo, precisava pelo menos de um dia sequer de sono, de descanso. Esse “fantasma” já fazia parte da sua vida desde a adolescência, desde o último namorado. Um amor mal resolvido, uma história complicada, porém, com planos de futuro, com juras de amor,  com entrega total de corpos suados e desejados mutuamente, com intensidade de olhares e carinhos. Durou anos, mas como qualquer amor, um dia acabou… tiveram que se separar por muitos desentendimentos, gênios diferentes, com tudo isso, a essência da pele continua viva sempre que se viam, se esbarravam, ou quando apenas ouviam o nome de ambos. O tempo foi passando e a distância tomou conta de resolver um pouco a ausência. Porém ela passou a ter essa companhia todas as noites, e não conseguia livrar-se disso, ficava acordada  pensando  e voltando ao tempo, como se aquilo nunca tivesse acabado. Já tinham se passado vários anos e ela vivendo esse pesadelo como se o tempo tivesse estacionado.  A chuva continuava  forte e um relâmpago fez um grande estrondo, clareando seu rosto deitado e seu semblante de menina-mulher, buscando a fuga do seu passado constrangedor.  Já estava quase amanhecendo e ela finalmente conseguiu pegar no sono, que não durou muito pra ter que levantar e começar sua rotina diária. Levantou e viu que já não chovia mais, e que tudo parecia  meio diferente naquele dia. No meio do seu caminho e obrigações, surge um vulto em sua direção e sem que ela acreditasse, era exatamente quem frequentava suas noites todos os dias. Ela gelou, ficou estarrecida, não sabia o que fazer e nem o que falar, seu coração batia descompassadamente. Como ele estava mudado, mais adulto, bem alto e lindo com sempre, aquele amor mal resolvido ali diante dos seus olhos. Ficaram inertes durante um período e depois se abraçaram, se olharam e começaram uma conversa rápida, porém o suficiente pra ela observá-lo na sua mudança de pensamento, de índole e daqueles antigos planos e sonhos que fizeram juntos e que ela ainda acreditava que pudesse concretizar. Era tudo o que ela não queria ter sentido, ter desejado passar, ela ali diante da pessoa que achava que amava, diante do foco centralizador de sua vida. É… só restava apenas se despedir e desejá-lo toda felicidade, nada mais podia ser feito…  Ainda estava chocada com tudo e foi para casa, mais uma noite chegou, porém bem diferente das outras, aquele “fantasma” não apareceu…. E ela conseguiu ter noites de paz e tranquilidade.

domingo, 3 de abril de 2011

Aquele perfume [...]

Amor. Como é difícil traduzir essa palavra. Para uns significa compreensão, carinho, trocas de afeto, beijos, uma noite se quer, uma vida, ou até simples momentos. Para outros, o amor é mais complexo, cruel, dilacerador, apaixonante, ou qualquer outro adjetivo que queiram colocar. Para mim, a definição de amor é só amor. É exatamente isso. O mesmo, foi  aquele que me arrasou em noites de frio. Que me deixou sem chão quando precisei caminhar. Que me tirou o ar, quando eu mais necessitei. Que me deu o céu e o inferno em questões de segundos. Mas afinal, será que a culpa é mesmo do amor? Sinceramente, acredito que não. A culpa é daquele que dizemos ser o amor da nossa vida. A culpa é do ser humano que diz que nada acabará, e que aquele momento será eterno. A culpa foi sua e do beijo que você me deu. Do abraço que sinto falta todas as noites. Das risadas que me faziam chorar de alegria. Dos carinhos e do seu olhar, que mentia em dizer que me amava. Dos seus lábios, que pronunciam palavras que eu confundi com sentimentos. Da sua forma de entrar no meu quarto, me acordar com um beijo doce e sussurrar em meu ouvido: ei, eu te amo. A culpa foi do seu sorriso, pelo o qual me apaixonei primeiro. Do seu perfume teimoso, que insiste em aparecer no meu travesseiro, para me roubar o sono. Das nossas fotos, que permanecem aqui, no meu porta-retrato. Das suas roupas que pouco a pouco, permanecem jogadas no chão da minha casa. Mas passou. Ou pelo menos está passando. Percebi que o mundo é pequeno quando você não o olha de frente. Que os problemas são enormes quando você tem medo de enfrentá-los. Que a vida é essa e que eu tenho que aprender a vivê-la. Que não posso perder tempo com você. Aceitei, que os nossos momentos não sairão da minha cabeça, nem hoje, nem amanhã. Que o seu perfume, ainda insistente, vai demorar a sair. Mas percebi, que a minha vida não depende de você, que os meus planos não serão mais com você ao meu lado, que o sol nasce pra mim, todas as manhãs. Se for preciso, jogarei fora todos os seus pertences. Trocarei de cidade, de país para não te encontrar pelas esquinas. E, estarei disposta a comprar outro travesseiro, para não me recordar do seu perfume.

"Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida do que sofrer por amor. Do que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!" (Fernanda Mello)

Razão e emoção.

É … duas palavras que balançam as pessoas em um momento de reflexão. O que fazer quando estamos dividimos entre a razão e a emoção? Ficamos exatamente na estaca zero, no meio do muro, em plena batalha. Digamos que devemos pesar os dois lados, só que quando estamos decididos a escolher a razão por ser mais lógico, vem a emoção e cutuca o seu coração, de uma forma que aperta, dói, mexe e te faz olhá-la diferente. Aí começa tudo de novo, novamente a dúvida, a incerteza. Se fosse tão fácil ninguém se decepcionava, ninguém se magoava, pois se você escolhe a razão é praticamente noventa e nove por cento de acerto. Porém a maioria vai para o lado da emoção, aquela que acolhe teus sentimentos, impulsos, afeto, amor e nisso  você pode se prejudicar mais uma vez. O que fazer se isso acontecer? Exatamente nada … permita-se viver e saber que erros fazem parte do cotidiano, da essência da vida. E que os maiores valores você só irá ganhar se errar, assim aprenderá que nem sempre podemos deixar o coração falar mais alto. Mas, nunca se arrependa de nada,nunca imponha nada que não esteja afim de fazer, seja você com suas atitudes, com o seu sorriso, com o seu choro. Uma queda após uma nova tentativa, é bem mais suave, bem mais leve, os impactos são amenizados, como se existisse ali um colchão a sua espera. Então nada mais justo que caírmos sem receio e nos levantarmos exatamente para um novo mundo, uma nova etapa, um novo caminho. O coração ao mesmo tempo que se entrega fácil ele se fecha rápido quando o problema é o mesmo. A cura é mais instantânea, os detalhes são menos preservados e logo estará novinho em folha como a estação do outono, em que as folhas são trocadas de um dia para o outro. Folhas essas que secam com rapidez e vão caindo no embalo do vento inesperado dessa estação … Porém na manhã seguinte, o sereno da noite deixa gotas de orvalho em belíssimas novas folhas … É aí que você observa que a nova estação está chegando e assim começa tudo de novo, com mais brilho, mais força e mais vida.