domingo, 10 de abril de 2011

Sonhos acabados.

Muitas vidas para viver, muitas coisas para fazer, muitos sorrisos, muitos choros, muitas alegrias e muitas tristezas. Tristezas essas deixadas ali, naquele lugar que de claro tornou-se escuro, que de paz tornou-se em guerra, em massacre. Vidas que não esperavam tamanha violência, meninas e meninos paralisados, em choque, vendo aquela cena de terror acontecendo e sem ter o que fazer. Outros já não podiam mais enxergar tamanha destruição. Não tiveram nem tempo de dar um último “adeus”, de dizer um último “eu te amo”. Correr seria a solução? Ficar parado seria melhor?  Abaixar-se, talvez? Nada poderia ser feito naquele momento. Reação essa, que te pega de surpresa e faz sua cabeça girar e pensar que tudo acabará ali. Por que pessoas agem sem controle e não param para pensar, em algum momento, que a vida do próximo é preciosa? Talvez seja porque há egoísmo, descontrole, falta de equilíbrio emocional, psicológico. Talvez haja um distúrbio, não sei. No entanto, nada muda o que foi feito. E, foi assim com aquele indivíduo, totalmente desconfigurado entrando alí, naquele lugar, com semblante aterrorizador.  Quantos sonhos desfeitos naquele momento, quantas famílias dilaceradas e torturadas eternamente por apenas um indivíduo, apenas um. As marcas deixadas naquele lugar, no coração dos meninos e meninas que escaparam, nas famílias e até nas pessoas que só acompanharam de longe, vão ficar pra sempre na memória. 

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